O Lixo no Parque Estadual Acaraí

Meu objetivo é mostrar a beleza do Dragão em fotografias da natureza e não do lixo. Porém vejo que algumas pessoas pensam que o mundo a sua volta está a seu dispor. Que tudo pode ser feito, tudo é permitido.
O Parque Estadual Acaraí é um legado da natureza para o homem porém alguns não levam isso muito a sério.
Existem algumas regras básicas da vivência humana que devem ser respeitadas e penso eu que se você vai a um parque ecológico, um lugar de preservação, você não pode fazer justamente o contrário: a depredação.
Nas minhas visitas ao Dragão (Parque Estadual Acaraí) observei algumas cenas da ignorância humana. Latas de cerveja, garrafas PET, embalagens plasticas roupas e sapatos abandonados nas trilhas e até jogados no Rio Acaraí.

Apesar da contribuição de uns instalando uma lixeira, outros jogam o lixo a lado dela.

Ao visitar o parque através do bairro Tapera, vi próximo aos ranchos de pesca um pouco de descuido daqueles que vivem justamente do rio. Não vamos generalizar, não estou dizendo que os pescadores poluem o rio, mas alguns poucos jogam embalagens de óleo de motor, garrafas e latas diretamente no rio próximo aos seus ranchos.

PET jogada em um dos pequenos córregos.

O lixo na área dos pescadores.

Nas trilhas pude ver de pontos em pontos o lixo deixado por visitantes.

No mês de Julho ao entrar na trilha do Casqueiro haviam 3 carros na entrada. Como eu entraria para fotografar me apressei pois se todo aquele grupo entrasse na minha frente espantaria qualquer bicho no caminho. É claro, entrei a pé para aproveitar o caminho pois de nada me adiantaria entrar de carro. Para minha surpresa, quando eu estava em certo ponto, ouço motores e som alto. Os três carros que estavam no início da trilha (que não tem espaço para ida e volta) entraram em fila e foram até o final. Mesmo quando estavam longe eu podia escutar o som alto do carro e gritos agitados.

Não é um patrocinador, foi mau uso do produto que teve a embalagem jogada na trilha.

Não é um jacaré. É uma bota boiando no rio.

Não sou contra a alegria de ninguém, mas penso que se é uma trilha de um parque, preservação da mata e da vivência dos animais, tal prática de entrar de carro em trilhas e curtir um “batidão” na mata não deva ser muito o perfil de um Parque Estadual.

Belas botas, porém o dono resolveu deixar próximo ao antigo cemitério.

Então vou deixar a dica: se você vai a um passeio ecológico, em qualquer lugar, tenha em mente que não é uma balada, não é um bar, nem depósito de resíduos. Se vai à natureza então curta a paz, o som dos animais, as cores das plantas e saia de lá muito feliz pois sempre será bem recebido. Se você quer uma balada ou bar então busque um lugar especial onde você possa dançar, cantar e ser feliz da mesma forma.

Anderson Neomar Gomes